Geni é uma revista virtual independente sobre gênero, sexualidade e temas afins. Ela é pensada e editada por um coletivo de jornalistas, acadêmicxs, pesquisadorxs, artistas e militantes. Geni nasce do compromisso com valores libertários e com a luta pela igualdade e pela diferença. ISSN 2358-2618

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SAPAPOP | Viva o fluxo!

O que o streaming tem trazido de legal. Por Lígia Xavier

Parece que o streaming veio para ficar! Não basta mais ouvir rádio, música, ver filmes via streaming. Agora podemos rodar um sistema operacional, jogar jogos via streaming, as empresas oferecem filmes em HD, 4K; músicas sem perda de qualidade..

 

Coisas impensáveis há 20 anos, quando o acesso a internet começou a ser comercializado. Quando a internet era discada, quando a internet de alta velocidade não era caríssima (hoje em dia ela ainda é cara e não tão rápida quanto deveria ser, mas os preços estão bem melhores do que antigamente).

 

Me lembro quando ouvi falar do WiMax pela primeira vez (um wi-fi, ou seja, internet sem fio, de altíssima velocidade), na época, em 2006, a Coreia do Sul estava disponibilizando WiMax gratuito em todos os vagões e estações de metrô.

 

Fiquei “Nooosssa!! Que da hora!!. Ter internet de alta velocidade grátis no metrô”. Pra minha surpresa, um amigo foi morar lá naquele ano, e me contou que era muito comum encontrar camelôs vendendo DVDs de filmes e seriados. Não fazia sentido para mim: eles tinham uma internet super rápida, era só baixar! Por que comprar mídias piratas? Por um motivo simples: o controle exercido pelo governo sul-coreano na internet. Baixar filmes era ou difícil (devido a vários sites terem acesso restrito) ou punido pela lei.

 

Atualmente as coisas mudaram, mas ainda há muitos sites com acesso restrito na Coreia (ano passado, meu amigo disse que não estava mais conseguindo acesso ao Grooveshark) e, basicamente, só dá pra baixar música pagando por algum serviço ou por cada uma individualmente (se alguém quiser doar pen drives ou DVDs com mp3, xs coreansx agradecem!).

 

Enquanto isso, em 2015, no Brasil, a chegada dos serviços de streaming mudou como as pessoas consomem música, séries e filmes: no caso de músicas, é possível ouvir diversas músicas gratuitamente em serviços como Grooveshark, Spotify, ou pagos, como o Amazon Prime Music, iTunes; no caso de séries e filmes, ainda estamos patinando — dos 4 maiores sites/empresas de streaming de séries e filmes, só temos acesso a um. Mesmo assim, somos muito mais felizes livres que os sul-coreanos! A internet é livre, só que o acesso a ela pode não ser, depende de onde você está — mas isso é uma discussão para outro artigo/coluna.

 

Pra entender um pouco como essa tecnologia funciona:


Existe um computador “diferenciado” que se chama servidor, ele armazena dados e permite simultaneamente a diversos usuários o acesso a esses dados. Mas cada servidor tem um limite máximo de X usuários acessando os dados. Quando esse limite ultrapassa X, normalmente o servidor cai, e não é possível acessá-lo.
Para resolver isso, basta comprar mais servidores. Mas quando uma empresa tem milhares de usuários, não bastam algumas dezenas de servidores, são necessárias centenas, milhares. Por isso as empresas têm o que se chama de “fazenda de servidores”.

 

Aí, um dia, alguém pensou: “Ei, por que não deixar filmes e músicas nos servidores e aí as pessoas os acessam remotamente? A gente pode colocar propaganda entre as faixas e ganhar dinheiro. Melhor! Podemos cobrar uma mensalidade para não ter propaganda!”.

Daí nasceu o streaming.

 

Alguns anos depois alguém pensou: “EUREKA! Ei, por que não fazer com que o servidor processe os dados para o usuário? Aí ele pode rodar um sistema operacional ou jogar um jogo com um computador mais antigo, com um processador mais lento e de pouca memória. A gente pode cobrar uma mensalidade para quem quiser jogar assim! Ou cobrar por jogo! Ou botar propaganda”.

 

Alguns conteúdos são gratuitos, outros têm propaganda, outros são grátis por um mês. Mas, no geral, quando se paga, se paga pouco! A gente só tem que ter cuidado para não assinar trocentos serviços e aí gastar muito mais do que gastaríamos se estivessemos comprando mídias físicas (fika a dika ;).

 

Abaixo comento sobre alguns serviços de streaming de música e vídeo:

 

 

Superplayer.fm

 

É uma rádio online brasileira em que você não pode escolher o artista. Mas como assim?!!

Você escolhe uma playlist de acordo com o que está sentindo, a atividade que está fazendo ou gênero musical. Gratuitamente, é possível ouvir as playlists patrocinadas, as com propaganda — não dá pra voltar a música. Se você pagar, o acesso é irrestrito e esquece das propagandas!

Os nomes das playlists são hilários, algumas que curto:

 

Coolzinhando

Espremido no busão

Fritando o melão

 

Amazon Prime Music

Este serviço é pago. Tem de ser Amazon Prime Member pra ter acesso. No pacote você leva: livros de graça, acesso à séries e filmes* , entrega gratuita de produtos em até 2 dias*.

O legal dele é que há diversos álbuns, músicas e playlists “de graça” (= desde que você seja membro prime) e você pode fazer download das músicas/álbuns disponíveis que quiser. Assim, não é preciso sempre estar com a internet disponível pra ouvir boa música.

 

O app também pega as músicas que você já tem no espertofone, ou seja, você não precisa mudar de aplicativo caso queira escutar a sua musicoteca pessoal.

 

Ponto negativo: pra quem gosta de música brasileira, não tem muitos artistas brasileiros. Tem só uma (1) mísera playlist de artistas brasileiros, com Bebel Gilberto, Jorge Ben Jor, Ney Matrogrosso, Patricia Marx, Caetano Veloso, entre outros.

Ou seja, aquela visão estadunidense de que música brasileira é world music e esqueçamos ritmos como axé, pagode, samba ou mangebeat… tecnobrega? Nem pensar!

 

*não no Brasil 🙁

 

 

Netflix

Antigamente era necessário esperar 1 ano pela nova temporada de um seriado para poder assistir 1 capítulo por semana. Havia semanas em que não havia capítulos. Havia capítulos pra encher linguiça, principalmente nos seriados que tinham temporadas de 24 episódios.

 

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Ainda temos que esperar um ano por uma nova temporada (quando junho vai chegar, hein? Tô ansiosa pela nova temporada de Orange is The New Black!), mas é possível fazer maratona e assistir uma temporada inteira em 1 dia ou dois, depende do seu sono.

E, ah, pagando menos de R$20,00 por mês e podendo compartilhar a conta com seus amigos/familiares!

 

Quem inverteu esse processo na indústria foi a Netflix. Não bastou só disponibilizar temporadas inteiras, ela começou a produzi-las, exclusivamente para sua plataforma! Deu tão certo, que outras empresas a imitaram.

 

O legal é que as sugestões são personalizadas, o que aparece de destaque pra mim pode ser diferente para você!

 

***** Alerta de Spoiler*****

 

Netflix – Unbreakable Kimmy Schmidt

 

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Essa série tem a melhor abertura ever!

É muito engraçada! Eu estava precisando de uma série de comédia assim: que me fizesse rir alto, durante vários momentos de um mesmo episódio.

Também já estava cansada de séries androcêntricas.

 

A comédia estadunidense conta a história de Kimmy Schmidt, que fica durante 15 anos presa num bunker, pois foi sequestrada por um culto religioso apocalíptico, no estado de Indiana (interiorzão). Ao sair, decide se mudar para Nova Iorque e acaba dividindo moradia com um ator gay negro – que há 15 anos tenta entrar para o elenco de O Rei Leão na Broadway e atualmente distribui panfletos na rua – e uma senhora muito lôca que vende e consome drogas.

 

Acho que o tipo de humor não é o que agrada a todos: tem aquelas piadas que superficialmente parecem preconceituosas, mas no fundo criticam a sociedade estadunidense – principalmente quanto à questão racial e desigualdade de gênero.

E tem as piadas de que mais gosto: referentes ao fato de a Kimmy ter ficado 15 anos isolada da sociedade, então ela não sabe o que são espertofones, como usar torneiras e secadores de mão automáticos ou quem é Katy Perry, etc.

 

O tempo inteiro há a tiração de sarro quanto ao fato do homem branco/pessoas brancas ricas considerarem-se superiores e acharem que suas experiências são universais. Mulheres cansadas de terem suas vidas ditadas por homens (genial quando a chefe de Kimmy surta com o GPS que tem uma voz masculina e diz “não quero mais um homem me dizendo o que devo fazer!”, para a moto na BR e quebra o GPS!).

 

No geral gostei das legendas e da versão dublada; Titus, seu colega de apartamento, tem a voz do dublador do Eddie Murphy – é meio batido, mas é bom.

Agora algo que detestei, e isso é culpa tanto da(o) tradutor(a) quanto da própria Netflix, foram as versões da palavra “straight” (hétero). Notei que toda vez em que a palavra era usada (normalmente nas piadas do Titus) ela foi traduzida como viril ou macho.

Até escrevi uma cartinha pra Netflix (mas só enviei no FB, porque gente.. acho que a última carta que enviei foi em 2010!):

 

Querida Netflix,

 

sou uma enorme fã dos serviços de vocês e do fato de haver séries lançadas mundialmente em diversos idiomas, inclusive em português brasileiro.

Mas, por favor, ao contratarem tradutores, coloquem em seus contratos que elas/eles devem prestar atenção especial com as versões de expressões relacionadas à sexualidade e identidade de gênero.

Uma versão mal feita pode expressar preconceitos que não estão no discurso original dos seriados ou filmes.

Por exemplo, na série Unbreakable Kimmy Schmidt, todas as vezes em que é dito “straight”, essa palavra é traduzida como “viril” ou “macho”. Mas ela, no idioma original, é apenas uma palavra informal para dizer heterossexual ou hétero, como dizemos aqui no Brasil. Ser hétero não tem nada a ver com ser viril ou macho. Tanto mulheres ou homens, trans ou cis podem ser héteros. Qualquer ser humano pode ser hétero!

Não deixem que uma versão mal feita perpetue preconceitos sociais que não estão no discurso ou texto original.

Atenciosamente

 

Lígia Xavier

 

Kimmy, além de tudo, é bem ingênua: ri muito quando ela tira sarro de seu colega vietnamita de EJA (não, ela não terminou o ensino fundamental), Pal, por causa de seu nome. Aí ele ri dela, pois em vietnamita Kim-mi quer dizer pênis.

Também ri alto quando ela vê um iPhone pela primeira vez e diz “Uau! Um Macintosh!”. Ou quando ela vê um notebook que recebe uma notificação e diz “Nossa, que celular enorme!”.

O roteiro é assinado por Tina Fey, ou seja: pra quem gosta/gostou de 30 Rock ou das últimas aberturas do Emmy, é diversão na certa!

 

Amazon Prime Video

Já faz pelo menos uns 4 ou 5 anos que a Amazon lançou seu serviço de video por streaming para os clientes Prime. Embora dê para ouvir as músicas, não é possível ver os vídeos no Brasil*.

Ano passado, a Amazon resolveu imitar a Netflix produzir sua própria série e daí nasceu..

 

Transparent

O nome dessa série é muito bom! É um jogo de palavras com

transparent – transparente

trans – trans

parent – palavra neutra que significa mãe ou pai

 

Trata-se da história de um professor aposentado de 60 anos, pai de três filhos, tendo que

lidar com o dilema de como contar aos três que é uma mulher trans, além de lidar com sua recente transição.

 

Ela primeiro é pega de surpresa pela filha mais velha, que aparece em sua casa sem avisar.

 

Filha: Pai, o que você tá vestindo?

Maura: Eu tenho algo pra te dizer… Então… se… então… [inspira lentamente]… então… [pega na mão da filha… senta-se na cama]. Quando eu era criança […] eu sentia que algo não estava certo…E eu não podia falar pra ninguém […]

Filha:  Pai, você tá me dizendo que a partir de agora vai começar a se vestir como uma mulher?

Maura: Não… [balança a cabeça].. durante toda minha vida… a minha vida inteira eu me vestia como um homem…. esta sou eu.

 

transparent

 

Lágrimas nos olhos…

 

Mulheres protagonistas em séries são minorias, mulheres trans E idosas, então.. Acho que esse é o primeiro seriado com esse perfil de protagonista.

 

Seria só mais uma boa série de drama familiar. Mas se torna uma ótima série de drama familiar quando mostra dificuldades do dia a dia de uma mulher trans. Há uma cena no banheiro de um shopping … — já dá pra imaginar o que acontece, né? — que acaba sendo bacana porque, além de mostrar algo que deveria ser simples para qualquer ser humano: ir ao banheiro público; na ficção, Maura conta com o apoio de pessoas no banheiro que repudiam quem a discrimina e quer expulsá-la de lá. Pena que não é assim que acontece na realidade.

 

2_fast

 

Ponto alto: Jeffrey Tambor interpreta Maura tão bem que, se não soubesse quem é o ator, acharia que era uma atriz trans.

Ponto baixo: Por que não contrataram uma atriz trans pro papel?

Ponto baixo 2: eu sinceramente fico de saco cheio dos dramas dos filhos. Acho eles verossímeis e tals, mas ***Alerta de Preguiça*** são dramas de quem sempre teve dinheiro e conforto e agora entrou em depressão porque não pode mais comprar neve folha tripla.

Ok, posso estar sendo muito reducionista: tem a filha que tá com 30 e poucos anos e não sabe o que fazer da vida, exceto usar drogas, e a outra que percebeu que ser dona de casa e ter uma vida “perfeita” não é pra ela.

 

Ponto para refletir: na vida real, cada vez mais vemos mulheres trans saindo do armário com seus 40, 50, 60 anos. As mais notórias, que saem na mídia, são bem sucedidas financeiramente, um sucesso que alcançaram enquanto homens cis para a sociedade. Por que essas mulheres não saíram do armário (não gosto dessa expressão, confesso, mas não acho outra melhor para expressar a ideia) antes? Pressão social? Ainda vivemos em um mundo em que mulheres trans dificilmente chegariam aos seus 40, 50, 60 anos tendo sucesso financeiro, caso a sociedade as reconheça como mulheres desde sua juventude?

 

 

HBO NOW

FINALMENTE é possível assistir ao conteúdo da HBO sem ter que assinar o canal via TV a cabo! Mas o custo é alto: U$14.99 por mês. E ainda “não está disponível” no Brasil. O bom é que já me informei e, embora a conta possa ser cancelada por ser compartilhada, a HBO até hoje não tem feito isso. Ou seja, dá pra chamar os amigos e compartilhar uma conta! Eba! \o/

 

Testei o serviço pra assistir a nova temporada de GoT, não tenho TV a cabo, mas tenho internet! Mas, como dizia o antigo (?) slogan do canal: Não é TV, é HBO!

A HBO é reconhecida pelas produções incríveis que faz: desde filmes, documentários a seriados e também pelas muitas cenas de sexo em suas séries. Vide essa zuação do canal chamada It’s not porn, it’s HBO (Não é pornô, é HBO).

The Normal Heart, sobre o começo da epidemia do HIV nos EUA, por exemplo, é da HBO.

 

Game of Thrones (5a. temporada)

GoT é uma série foda! Acho muito boa, mas também acho muito triste.

Antes que se perguntem: não, eu não li os livros. E confesso que demorei 9 episódios para gostar da série, dormi durante o casamento do Rei Joffrey, e tive que rever esse e alguns outros episódios.

Acho a série triste pois ela reproduz o que há de pior em nossa sociedade: inveja, politicagem suja, corrupção, traição, mulheres usadas como moeda de troca.. enfim.

Aí ela apresenta um monte de pênis, seios, bunda.. em cenas de sexo, ou não.

 

Sobre essa temporada, pela qual esperei ansiosamente: sinceramente achei o primeiro episódio bem insosso, o segundo um pouco melhor e o terceiro e quarto empolgantes, mas não tanto.

Gente, só faltam 6 episódios pro fim, cadê a ferveção?!?! Cadê a adrenalina!?!

 

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Khaleesi, para de ser trouxa!! Não adianta ficar aí toda bunita defensora dos direitos humanos, proibindo as lutas, enquanto a galera tá armando pra cima de você!

 

Sonsa, ops, Sansa, sério que você vai topar esse casamento armado pelo Mindinho?!?

Você vai casar com o sociopata do Ramsay Bolton??!?! Aquele, que torturou durante semanas o Theon Greyjoy e depois cortou o pau dele por pura diversão? Ah, gente, desapega dessas terras e jogos de poder!

 

Assim como no mundo real há uma ascensão da direita e, no Brasil, da bancada evangélica, em GoT isso tudo está lá também.

Pior, começaram a perseguir os pecadores: vulgo frequentadores de bordéis e homossexuais (que têm a pior punição)… Não fiquei feliz não!

Já não basta ver no dia a dia às agressões e homicídios, aí isso vem pra um dos meus seriados favoritos?! Não aceito!

 

Até porque, a questão da (homos)sexualidade no universo de GoT sempre foi retratada de um jeito bem interessante, ao meu ver.

Peguemos o Loras Tyrell, que foi “primeiro-damo” do casamento do Renly Baratheon e tinha sido prometido pra casar-se com a Cersei Lannister.

  1. Ele era amante do Renly, não só amante, eles eram apaixonados um pelo outro e isso não era segredo pra ninguém. Renly se casou por protocolo social com Margaery Tyrell pra poder ficar mais próximo do irmão dela, Loras.
  2. Ele rodava a banca pegando um monte de caras em King’s Landing – a irmã dele sabia, todos sabiam. Ao meu ver, a galera tinha muito clara qual a função do casamento (propriedade). Então ninguém o importunava por conta de com quem ele transava ou se apaixonava.

 

Também temos a personagem Oberyn Martel, que, acredito, muitos o percebem como bissexual, assim como sua amante, Ellaria Sand. Essa impressão, ao meu ver, decorre da cena em que eles, logo após chegarem em King’s Lading, vão para um bordel e, ao escolherem entre as prostitutas com quem transarão (todo mundo junto, num bacanal que deve ter sido inscrível), Oberyn escolhe o funcionário do bordel pra transar com eles.

No começo da suruba, Ellaria tá lá ahazando com uma das prostitutas, nem ligando pra se Oberyn está a observando ou não — o que demonstra que eles têm uma sexualidade muito bem resolvida entre si e ela não pega mulher só para agradá-lo.

 

Mas, não sei mesmo se podemos classificá-los como bissexuais, nem Loras ou Renly como homossexuais. A impressão que tenho é que a sexualidade no mundo fictício de GoT é simplesmente um aspecto da vida das pessoas, não é algo determinante ou que define suas identidades.

 

Meio que parafraseando Oberyn: as pessoas são diferentes em todos os lugares. Há sociedades onde é ok estuprar mulheres, usá-las como moeda de troca… onde é ok os ricos acharem-se superiores aos pobres e humilhá-los. Mas duas pessoas do mesmo gênero se relacionarem é pecado!

 

Leia outros textos de Ligia Xavier e da coluna Sapapop.

Ilustrações: Amanda Gotsfritz.

 

 

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