editorial
carnaval, editorial, educação, janeiro, número 28
“Não tem arrego!”
Edição educação saindo do forno, pro retorno às aulas e pra pipoca dos blocos
Publicado em 31/01/2016
Entre dezembro e janeiro preparamos nossa edição especial sobre educação, tema mais do que óbvio para o momento! E como atrevidxs (rs) que somos, fomos atrás de experiências de educação com ação direta, purpurinada, feminista e popular.
Nossa entrevista do mês foi com Rute Alonso, uma das coordenadoras do curso das Promotoras Legais Populares que, encabeçado pela União de Mulheres de São Paulo, entra em sua 22a edição! Mais de 20 anos trabalhando educação popular feminista em direitos com turmas de mulheres.
“O Estado veio quente, nóis já tá fervendo”
Dos movimentos de secundaristas em São Paulo, contamos sobre algumas das atividades que participamos em escolas ocupadas no Geni na Pista; e relembramos, na coluna de Sueli Feliziani, histórias sobre a reorganização de 1994 com o impacto para a periferia.
Da campanha pela inclusão do “gênero” nos Planos Municipais de Educação, Rodrigo Cruz traz uma reflexão sobre as mobilizações conservadoras e sua cumplicidade com a precarização do ensino público. Ainda nesse gancho, Lia Urbini traça , no Academicxs, um mapa das ações entre governo estadual e o empresariado que complementa a reflexão com uma análise geral sobre os processos camuflados de privatização da escola pública que estão em curso.
Dois relatos completam o bloco paulista de resistência estudantil: um sobre o primeiro semestre do cursinho pré-universitário voltado para a população T, o Transformação; e outro contando a experiência que tivemos ao adaptar a seção Instrumental para oficinas práticas no Centro Cultural São Paulo.
E para não dizer que não falamos de flores…
Chamamos o coletivo Pão e Rosas de Barcelona para nos contar sobre suas atividades sobre gênero e sexualidade dentro da formação e ação política com trabalhadorxs.
E diretamente da Cidade do México, traduzimos fragmentos do caderno de regressões sobre infância e escola do grupo de artistas reunidos no Consultório Informal de Deslocamentos com Olhos Fechados.
Por fim, na seção Primeira pessoa, Paulinho Castello fala sobre a onda de medicalização da infância como estratégia de domesticação das sexualidades dissidentes.
O aprendizado constante, da prática
A Geni não tirou férias depois desse dois mil e crise – como era nosso hábito nos janeiros anteriores. Seguimos em nossos ensaios sobre como levar nosso bloco pras ruas quando já não é mais carnaval e tudo volta ao normal.
O foco na educação vem então, pra gente, como maneira de conhecer outras histórias e outros formatos de organização de pessoas que buscam aprender ensinando (e ensinar aprendendo). Um aprendizado de luta e na luta contra a educação de cercas, elitista, heterocentrada, machista, excludente e caga-regras.
Agradecemos a todxs que somaram com a gente nessa e em todas as nossas edições por entrarmos em mais um ano-calendário-fiscal-gregoriano rebolando e fazendo revista!
E força Goiás!
Coletivo Geni, janeiro de 2016
Ilustração: Nara Isoda
EDITORA RESPONSÁVEL
Lia Urbini
EDITOR ASSISTENTE
Gui Mohallem
EDIÇÃO DE TEXTO
Alciana Paulino
Carolina Menegatti
Gui Mohallem
Juliana Bittencourt
Lia Urbini
Olivia Pavani
Rodrigo Cruz
EDIÇÃO GRÁFICA
Aline Sodré
Tiago Kaphan
COMUNICAÇÃO E REDES SOCIAIS
Alciana Paulino
Marcos Visnadi
Mariana Kinjo
PROJETO GRÁFICO
Bruno O.
Tiago Kaphan
ILUSTRAÇÕES
Aline Sodré
Amanda Gotsfritz
CIDOC – Consultorio Informal de Desplazamientos a Ojos Cerrados
Emilia Santos
Gabriela Cunha
Gui Mohallem
Gunther Ishiyama
Lia Urbini
Nara Isolda
Paloma Franca Amorim
Thiago Fonseca
ILUSTRAÇÃO DE CAPA
Nara Isolda
REVISÃO DE TEXTO
Lia Urbini
Mariana Kinjo
PARTICIPAM NESTE NÚMERO
Cursinho Transformação
Gabriela Cunha
Jenny Granado
Marta Limón
Paulinho Castello
Rute Alonso
Sueli Feliziani
Thiago Fonseca
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todxs que viabilizaram essa edição, bem como os coletivos que representam: equipe do curso das Promotoras Legais Populares, União de Mulheres de São Paulo,Transformação, CIDOC, Generx Coletivo e Pan y Rosas Barcelona.
Dedicamos a edição a todxs que contribuem com os mais diversos corres para efetivar um aprendizado de luta e na luta contra a educação de cercas, elitista, heterocentrada, machista, excludente e caga-regras. E especialmente axs secundaristas que chacoalharam com tudo!